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Como Elaborar um Memorial Descritivo para Queijarias e Garantir a Aprovação do Seu Projeto

O Memorial Econômico Sanitário, conhecido como Memorial Descritivo, é um dos documentos mais importantes para quem deseja montar ou regularizar uma queijaria. Ele é exigido pelos órgãos de inspeção e serve como base para demonstrar que o empreendimento atende às normas sanitárias, estruturais e de segurança alimentar.

Apesar de essencial, muitos produtores encontram dificuldades para elaborar esse documento, seja pela falta de conhecimento técnico, seja pela complexidade das normas. E é justamente por isso que cresce a busca por conteúdos confiáveis, completos e práticos sobre o tema.

Neste artigo, você vai entender o que é o Memorial Descritivo, para que serve, quais informações ele deve conter e como elaborar um documento que realmente garanta a aprovação do seu projeto.

O que é o Memorial Descritivo para Queijarias?

O Memorial Descritivo é um documento técnico exigido pelos serviços de inspeção (SIM, SIE e SIF) para aprovar o funcionamento de estabelecimentos de alimentos, incluindo queijarias artesanais e industriais.

Ele descreve, de forma detalhada:

  • A estrutura física da queijaria

  • O fluxo de produção

  • Os equipamentos utilizados

  • Os materiais de acabamento

  • O manejo da matéria-prima

  • Os procedimentos operacionais

  • O atendimento às normas sanitárias vigentes

Na prática, é o documento que demonstra às autoridades que o estabelecimento é seguro, viável e está preparado para operar dentro da legislação.

Por que o Memorial Descritivo é obrigatório para queijarias?

Toda queijaria, independente do tamanho, precisa demonstrar que sua estrutura, equipamentos e processo produtivo seguem padrões de higiene e segurança alimentar. O Memorial Descritivo cumpre exatamente essa função.

Com ele, o produtor garante:

  • Conformidade com as normas de inspeção

Órgãos responsáveis pela vigilância sanitária e segurança dos alimentos utilizam o documento para verificar se o projeto atende aos padrões mínimos para licenciamento.

  • Organização e clareza no projeto da queijaria

O memorial ajuda a evitar erros estruturais, desperdícios e retrabalhos durante a implantação.

  • Aprovação mais rápida junto às autoridades

Projetos bem elaborados têm menor chance de exigências complementares ou indeferimentos.

  • Segurança alimentar e credibilidade do produto final

Consumidores e distribuidores valorizam queijos provenientes de queijarias formalizadas.

O que deve conter um Memorial Descritivo para Queijarias?

Embora o conteúdo possa variar conforme o tipo de queijo produzido, um memorial completo deve contemplar:

1. Identificação do empreendimento

Nome, localização, responsável técnico, capacidade produtiva e tipo de inspeção desejada.

2. Descrição das áreas e layout

Inclui planta baixa, dimensões, materiais de parede, piso, teto e fluxo operacional.

3. Equipamentos utilizados

Tanques, formas, bancadas, mesas, prensas, sistemas de refrigeração e armazenamento.

4. Fluxo de produção detalhado

Desde a chegada do leite até o armazenamento final:

  • recebimento

  • filtração

  • pasteurização

  • coagulação

  • dessoragem

  • salga

  • maturação

  • embalagem e expedição

5. Higienização e controle sanitário

Procedimentos de limpeza, potabilidade da água, manejo de resíduos e controle de pragas.

6. Justificativas técnicas

Demonstração de que as escolhas estruturais atendem às normas e garantem a segurança dos alimentos.

7. Conformidade legal

Referências às legislações aplicáveis, como IN 30/2013, legislação estadual/municipal e requisitos sanitários específicos.

Por que tantos produtores têm dificuldade em elaborar o documento?

A maior parte dos pequenos produtores não possui formação técnica, e o Memorial Descritivo exige conhecimento em:

  • engenharia de alimentos

  • boas práticas de fabricação

  • segurança sanitária

  • legislação de produtos de origem animal

  • projeto de instalações

  • fluxos operacionais seguros

Além disso, modelos gratuitos na internet geralmente são incompletos e não seguem os padrões exigidos pelos órgãos de inspeção.

Para resolver esse problema, a Lignum desenvolveu um Guia Completo totalmente focado em queijarias, claro, didático e pronto para ser aplicado na prática.

Guia Completo: Memorial Descritivo para Queijarias (Material Digital)

Para facilitar a vida do produtor, consultor e empreendedor, a Lignum disponibilizou um material 100% digital que ensina, passo a passo, como elaborar um Memorial Econômico Sanitário completo, claro e dentro das normas.

O que você vai aprender no guia:

  • Como estruturar corretamente cada parte do seu memorial

  • Como montar o fluxo de produção da sua queijaria

  • Como escolher materiais adequados para as áreas de produção

  • Como apresentar as informações de forma técnica e aprovada pelas autoridades

  • Quais legislações seguir para evitar exigências e indeferimentos

  • Erros mais comuns que reprovam projetos (e como evitá-los)

Tudo isso com orientações práticas e linguagem acessível, mesmo para quem não tem experiência técnica.

Para quem esse material é ideal?

  • Produtores de queijo artesanal que desejam regularizar a produção
  • Empreendedores que querem montar uma queijaria do zero
  • Consultores da área de alimentos e agroindústria
  • Alunos e profissionais de engenharia de alimentos, veterinária e áreas afins
  • Pequenos laticínios buscando adequação sanitária

A aprovação do seu projeto começa por um Memorial bem feito

Um Memorial Descritivo claro, completo e tecnicamente fundamentado aumenta muito as chances de aprovação do projeto junto aos órgãos de inspeção.
O guia da Lignum foi desenvolvido exatamente para isso: facilitar a regularização, reduzir erros e acelerar o início das operações.

Para saber mais e adquirir o guia, acesse a página oficial.

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Como escolher equipamentos e fluxo para indústrias de alimentos de pequeno porte com custo reduzido

Montar uma indústria de alimentos de pequeno porte é o sonho de muitos empreendedores, mas transformar esse projeto em uma operação eficiente e dentro das normas sanitárias pode ser um grande desafio, especialmente quando o investimento precisa ser controlado.

A boa notícia é que é possível planejar um layout funcional, escolher equipamentos adequados e atender às exigências legais mesmo com recursos limitados. Tudo depende de um bom planejamento técnico e de decisões estratégicas na etapa de implantação.

Neste artigo, você vai entender como definir o fluxo produtivo e selecionar equipamentos que garantam qualidade, produtividade e economia.

1. O ponto de partida: conhecer seu processo e produto

Antes de pensar em comprar máquinas, é fundamental mapear cada etapa do processo produtivo. Isso envolve responder a perguntas como:

  • Qual o tipo de alimento que será produzido?

  • Quais são as etapas críticas do processo (aquecimento, resfriamento, embalagem, etc.)?

  • Há necessidade de ambientes separados por risco de contaminação?

  • O produto exige refrigeração ou condições específicas de armazenamento?

Esse diagnóstico permite definir o tipo de fluxo e a infraestrutura necessária (instalações, energia, água, ventilação, drenagem), evitando investimentos desnecessários.

Empresas que pulam essa etapa costumam gastar mais, seja com readequações de layout ou com equipamentos subdimensionados.

2. O fluxo de produção ideal: eficiência e segurança

O fluxo de produção é a base do layout industrial. Ele deve garantir que os produtos e colaboradores se movimentem de forma lógica, contínua e sem cruzamento entre áreas sujas e limpas, respeitando os princípios de Boas Práticas de Fabricação (BPF).

Os principais tipos de fluxo são:

  • Linear: o mais simples e indicado para pequenas indústrias; o produto entra em um lado e sai pronto do outro, reduzindo retrabalhos e contaminações.

  • Em “U”: aproveita melhor o espaço e permite acompanhamento visual de todo o processo.

  • Setorizado: útil quando há mais de uma linha de produto, com setores independentes.

Ao planejar o fluxo, considere também:

  • A localização de pias, lavatórios e pontos de higienização.

  • A separação de áreas de recebimento, processamento, embalagem e expedição.

  • O sentido do fluxo de ar e movimentação de resíduos.

Um bom fluxo é aquele que minimiza deslocamentos, facilita a limpeza e assegura o controle sanitário.

3. Escolha de equipamentos: custo reduzido não é sinônimo de baixa qualidade

Para empreendimentos de pequeno porte, a escolha inteligente de equipamentos pode representar uma grande economia. Algumas estratégias incluem:

a) Comece com o essencial

Invista primeiro nas máquinas indispensáveis para o processo principal (ex.: misturadores, seladoras, câmaras frias). Equipamentos secundários podem ser adicionados com o crescimento da produção.

b) Avalie o custo-benefício

Nem sempre o equipamento mais caro é o mais eficiente. Avalie consumo de energia, facilidade de manutenção e disponibilidade de peças no mercado nacional.

c) Opte por equipamentos multifuncionais

Máquinas que atendem mais de uma etapa, como tanques de preparo que também realizam mistura e aquecimento, reduzem custos e espaço ocupado.

d) Considere equipamentos usados, mas regularizados

Equipamentos seminovos podem ser uma boa alternativa, desde que estejam em boas condições de higiene, segurança e com documentação técnica em dia.

e) Priorize materiais adequados

Mesmo em pequenos negócios, superfícies em aço inoxidável e materiais atóxicos são indispensáveis para garantir a conformidade sanitária.

4. Planejamento do layout: aproveitamento de espaço e redução de custos

Um layout eficiente não depende apenas de espaço, mas de organização inteligente.
Algumas boas práticas para quem quer economizar:

  • Aproveite edificações existentes, adaptando-as conforme as normas sanitárias.

  • Padronize bancadas e estruturas, facilitando a manutenção e limpeza.

  • Centralize utilidades (como caldeira, compressores, tanques de água) para reduzir perdas energéticas.

  • Invista em iluminação e ventilação natural, diminuindo gastos com energia elétrica.

O ideal é que o layout seja elaborado por um profissional especializado, capaz de conciliar exigências da vigilância sanitária e do MAPA com a realidade financeira do empreendedor.

5. Regularização e conformidade sanitária

Mesmo pequenas indústrias precisam estar em conformidade com as legislações sanitárias e regulatórias.
Entre as principais exigências estão:

  • Projeto e memorial descritivo do estabelecimento;

  • Boas Práticas de Fabricação (BPF);

  • Controle de qualidade e rastreabilidade;

  • Licenciamento e registro do produto, quando aplicável.

Esses requisitos não apenas garantem a autorização para funcionamento, mas também aumentam a credibilidade do produto e abrem portas para novos mercados.

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Transformações no setor de fertilizantes: impacto da regulação e oportunidades para novos entrantes

O setor de fertilizantes no Brasil tem passado por mudanças significativas nos últimos anos, impulsionadas por novos marcos regulatórios, avanços tecnológicos e pela crescente demanda por sustentabilidade na agricultura. Essas transformações vêm criando tanto desafios quanto oportunidades para empresas que desejam ingressar nesse mercado, especialmente para quem busca investir em produtos inovadores e com apelo ambiental.

1. O cenário atual da produção e consumo de fertilizantes no Brasil

O Brasil é o quarto maior consumidor de fertilizantes do mundo, mas ainda depende fortemente das importações para atender à sua demanda. Estima-se que mais de 80% dos fertilizantes utilizados no país sejam importados, o que torna o setor estratégico para a segurança alimentar e para a estabilidade da cadeia produtiva agrícola.

Nos últimos anos, o governo federal tem implementado iniciativas como o Plano Nacional de Fertilizantes (PNF), que visa reduzir a dependência externa e fomentar a produção nacional. Isso inclui incentivos à implantação de novas indústrias, à inovação tecnológica e à simplificação de processos regulatórios.

2. Principais mudanças na regulação de fertilizantes

A regulação dos fertilizantes no Brasil é conduzida pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), com base em legislações como o Decreto nº 10.991/2022, que atualizou as normas sobre o registro e fiscalização desses produtos.

Entre as principais transformações regulatórias, destacam-se:

  • Digitalização dos processos de registro e fiscalização: o Sistema Integrado de Produtos e Estabelecimentos Agropecuários (SIPEAGRO) trouxe mais agilidade na submissão e acompanhamento de registros.

  • Revisão das categorias de produtos: houve atualização nas definições de fertilizantes, corretivos, inoculantes e biofertilizantes, trazendo maior clareza sobre enquadramento e exigências técnicas.

  • Exigência de rastreabilidade e controle de qualidade: o MAPA reforçou a necessidade de comprovar a origem, composição e eficácia dos produtos, exigindo laudos e metodologias reconhecidas.

  • Incentivo à inovação e sustentabilidade: produtos que utilizam resíduos orgânicos, microrganismos benéficos ou tecnologias de liberação controlada vêm recebendo atenção especial dentro das políticas de fomento e aprovação.

Essas mudanças, embora tornem o processo mais técnico e criterioso, também abrem espaço para empresas que desejam ingressar no setor com soluções diferenciadas, desde que cumpram os requisitos regulatórios.

3. Oportunidades para novos entrantes no mercado

Com a modernização da regulação e o incentivo à produção nacional, surgem grandes oportunidades para novos empreendedores e indústrias:

a) Biofertilizantes e insumos biológicos

O uso de microrganismos e matérias-primas naturais está em expansão. Produtos biológicos apresentam alta eficiência agronômica, menor impacto ambiental e excelente aceitação no mercado. O setor ainda é relativamente novo, oferecendo espaço para inovação.

b) Fertilizantes organominerais

A combinação de fontes orgânicas e minerais tem sido vista como uma alternativa sustentável e de alta performance. O segmento cresce impulsionado por políticas de economia circular e pelo aproveitamento de resíduos agroindustriais.

c) Fabricação regional e logística otimizada

Empresas menores e regionais podem se destacar com operações próximas às áreas de consumo agrícola, reduzindo custos logísticos e oferecendo atendimento técnico mais personalizado.

d) Consultoria e regularização técnica

Com o aumento das exigências legais, cresce também a necessidade de apoio especializado para o registro e adequação de produtos e estabelecimentos junto ao MAPA, uma área em que a Lignum Consultoria atua há mais de 15 anos, oferecendo soluções completas para novos empreendimentos.

4. Desafios e cuidados ao ingressar no setor

Apesar das oportunidades, é fundamental que novos empreendedores conheçam as exigências legais e técnicas do setor, como:

  • Registro do estabelecimento e do produto junto ao MAPA;

  • Atendimento aos padrões de rotulagem e embalagem exigidos pela legislação;

  • Comprovação de eficácia agronômica e ausência de contaminantes;

  • Estrutura adequada de layout industrial, armazenamento e controle de qualidade;

  • Implementação de Boas Práticas de Fabricação (BPF) e sistemas de rastreabilidade.

Contar com suporte técnico e regulatório especializado é essencial para evitar indeferimentos e garantir uma entrada sólida e segura no mercado.

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Como elaborar um plano de negócios para produtos alimentícios

Planejar é o primeiro passo para transformar uma ideia em um negócio de sucesso

O setor de alimentos é um dos mais promissores do Brasil e também um dos mais competitivos. Antes de investir em equipamentos, estrutura e regularização, é fundamental construir um plano de negócios sólido.
Ele será a base para avaliar a viabilidade do empreendimento, organizar os investimentos e orientar as decisões estratégicas durante toda a operação.

Neste artigo, você vai entender como elaborar um plano de negócios para produtos alimentícios, quais informações incluir e como utilizá-lo para garantir o crescimento sustentável da sua empresa.

1. O que é um plano de negócios?

O plano de negócios é um documento que descreve detalhadamente o que é o seu produto, quem é o seu público-alvo, como será a produção, quanto custará e como o negócio se sustentará financeiramente.
Ele é utilizado tanto para guiar o empreendedor quanto para apresentar o projeto a investidores, bancos ou parceiros comerciais.

No caso do setor de alimentos, esse planejamento precisa considerar aspectos regulatórios, produtivos e sanitários, além dos fatores econômicos e de marketing.

2. Principais etapas do plano de negócios

a) Análise de mercado

Antes de começar a produzir, é essencial entender o mercado em que você está entrando.
Pesquise:

  • Quem são os concorrentes diretos e indiretos;

  • Qual o perfil do consumidor (faixa etária, renda, preferências, hábitos alimentares);

  • Quais são as tendências e oportunidades (produtos naturais, veganos, artesanais, etc.);

  • Como está o comportamento dos preços e canais de venda.

Essa análise permite identificar nichos promissores e ajustar o posicionamento do produto.

b) Planejamento operacional

Nesta etapa, é hora de definir como o produto será produzido e em que estrutura.
Inclua:

  • Localização e tamanho da fábrica ou cozinha industrial;

  • Layout sanitário (fluxo de produção e separação de áreas sujas e limpas);

  • Equipamentos necessários;

  • Capacidade produtiva (quantas unidades serão produzidas por dia/mês);

  • Fornecedores e logística de insumos.

Aqui também entra o planejamento de adequação sanitária, que deve seguir as Boas Práticas de Fabricação (BPF) e demais normas da Anvisa ou do MAPA, dependendo do tipo de produto.

c) Planejamento financeiro

Um dos pontos mais importantes do plano de negócios é o planejamento financeiro.
Ele deve incluir:

  • Investimento inicial (equipamentos, reformas, licenças, matéria-prima);

  • Custos fixos e variáveis;

  • Projeção de faturamento e ponto de equilíbrio;

  • Margem de lucro esperada.

Esses dados ajudam a avaliar a viabilidade econômica do negócio e a definir estratégias de precificação e crescimento.

d) Estratégia de marketing e vendas

Após conhecer o mercado e estruturar a operação, é hora de definir como o produto chegará ao consumidor.
Alguns pontos importantes:

  • Nome, identidade visual e rotulagem do produto (em conformidade com a legislação);

  • Canais de venda (varejo, atacado, delivery, e-commerce, feiras);

  • Estratégias de divulgação (redes sociais, degustações, parcerias locais);

  • Posicionamento da marca (ex: artesanal, saudável, regional, gourmet).

O marketing bem planejado é o que diferencia produtos de qualidade que ficam esquecidos no mercado daqueles que conquistam o público.

3. Regularização e adequação legal: parte essencial do plano

Um erro comum é deixar a regularização para depois.
Mas a adequação sanitária e o registro do produto devem ser considerados desde o início do plano de negócios.
Cada tipo de alimento possui exigências específicas junto à Anvisa ou ao MAPA, que variam conforme o processo produtivo, ingredientes e escala.

Planejar corretamente essa etapa evita retrabalhos, multas e atrasos no lançamento do produto.

4. Por que contar com apoio especializado?

Elaborar um plano de negócios na área de alimentos envolve aspectos técnicos, regulatórios e produtivos que exigem conhecimento específico.
Contar com uma consultoria especializada, como a Lignum Consultoria e Engenharia, garante que todas as etapas, desde o projeto físico até o registro do produto, estejam alinhadas às normas e boas práticas exigidas pelo mercado e pelos órgãos reguladores.

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Regularização de fertilizantes minerais, orgânicos e organominerais: entenda as diferenças

O mercado de fertilizantes no Brasil é um dos mais importantes do mundo e vem crescendo com a diversificação de produtos e fontes de nutrientes. Mas, para que qualquer fertilizante possa ser fabricado, importado ou comercializado legalmente, ele precisa estar devidamente regularizado junto ao Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA).

Embora o processo de registro siga princípios semelhantes, os requisitos variam conforme o tipo de fertilizante, mineral, orgânico ou organomineral.
Neste artigo, explicamos as diferenças entre essas categorias e o que muda na regularização de cada uma.

1. O que é a regularização de fertilizantes

A regularização é o processo de registro do produto e do estabelecimento fabricante, importador ou fracionador junto ao MAPA.
O objetivo é garantir que o fertilizante atenda aos padrões de qualidade, segurança e composição química estabelecidos pela legislação, assegurando ao produtor rural um insumo eficaz e seguro para uso agrícola.

As regras estão descritas principalmente no Decreto nº 4.954/2004 e na Instrução Normativa nº 61/2020, que definem os tipos de fertilizantes, as exigências para registro e os limites de tolerância nas análises laboratoriais.

2. Fertilizantes minerais

O que são

Os fertilizantes minerais (ou inorgânicos) são obtidos por meio de processos industriais ou extração mineral. São compostos por sais e minerais que fornecem nutrientes essenciais como nitrogênio (N), fósforo (P) e potássio (K), conhecidos como macronutrientes primários.

Regularização junto ao MAPA

Para registrar um fertilizante mineral, o requerente deve apresentar:

  • Formulário de registro de produto via sistema SIPEAGRO;

  • Composição garantida (teores de nutrientes declarados);

  • Método de fabricação e matérias-primas utilizadas;

  • Laudo de análise laboratorial, emitido por laboratório reconhecido pelo MAPA;

  • Rótulo e instruções de uso conforme exigências legais;

  • Responsável técnico habilitado (geralmente engenheiro agrônomo ou químico).

Após a análise técnica, o produto é inscrito no Registro de Produto (RP) e o estabelecimento precisa possuir o Registro de Estabelecimento (RE) ativo.

Pontos de atenção

  • Fertilizantes minerais requerem comprovação da pureza e solubilidade dos nutrientes.

  • O MAPA exige tolerâncias rigorosas para os teores declarados, com base em análises oficiais.

3. Fertilizantes orgânicos

O que são

São produtos que resultam da transformação de matérias-primas de origem animal ou vegetal, como esterco, restos de culturas, compostos e resíduos agroindustriais. Fornecem nutrientes e melhoram as propriedades físicas, químicas e biológicas do solo.

Regularização junto ao MAPA

Para registrar um fertilizante orgânico, o processo inclui:

  • Descrição detalhada das matérias-primas utilizadas;

  • Memorial descritivo do processo de compostagem ou tratamento biológico;

  • Laudo de análise de macro e micronutrientes, além de parâmetros sanitários (ausência de patógenos e metais pesados);

  • Rótulo e instruções de aplicação;

  • Comprovação da origem dos resíduos utilizados como insumo.

O produto deve estar conforme as especificações da IN nº 61/2020 e IN nº 25/2009, que tratam dos fertilizantes orgânicos simples, compostos e mistos.

Pontos de atenção

  • É obrigatória a garantia da estabilização da matéria orgânica, evitando odores e riscos sanitários.

  • Produtos à base de resíduos animais ou lodos devem comprovar ausência de patógenos.

4. Fertilizantes organominerais

O que são

Os organominerais combinam fontes minerais e orgânicas, unindo a liberação rápida dos nutrientes minerais à melhoria da estrutura e da microbiologia do solo proporcionada pela matéria orgânica.

São cada vez mais usados em sistemas agrícolas sustentáveis, com excelente custo-benefício e potencial de valorização ambiental.

Regularização junto ao MAPA

O processo de registro de fertilizantes organominerais requer:

  • Comprovação da origem e qualidade dos componentes orgânicos e minerais;

  • Laudo analítico completo, com teores de nutrientes totais e disponíveis;

  • Memorial descritivo do processo de mistura e granulação;

  • Controle de umidade, pH e estabilidade do produto final;

  • Responsável técnico habilitado e estrutura fabril regularizada.

A classificação (organomineral simples, misto ou composto) influencia nas exigências técnicas e no enquadramento legal.

Pontos de atenção

  • Exige controle rigoroso de uniformidade e homogeneidade da mistura;

  • É necessário garantir que os teores minerais não sejam diluídos além dos limites permitidos.

5. Principais diferenças entre os tipos de fertilizantes

Tipo

Origem

Principais nutrientes

Regulamentação principal

Exigências laboratoriais

Mineral

Inorgânica (rochas, sais)

N, P, K e micronutrientes

IN nº 61/2020

Teores e solubilidade

Orgânico

Animal e vegetal

N, P, K orgânicos e matéria orgânica

IN nº 25/2009

Nutrientes e ausência de patógenos

Organomineral

Mista (orgânica + mineral)

Nutrientes minerais e matéria orgânica

IN nº 61/2020

Composição total e estabilidade


6. A importância da consultoria técnica no processo de registro

A regularização de fertilizantes exige documentos técnicos detalhados, análises laboratoriais confiáveis e conformidade com normas específicas.
Erros em qualquer etapa podem resultar em indeferimento do registro ou penalidades administrativas.

A Lignum Consultoria e Engenharia atua há mais de 15 anos no setor, auxiliando empresas na regularização de fertilizantes minerais, orgânicos e organominerais junto ao MAPA. Oferecemos suporte completo desde a elaboração do memorial descritivo e layout fabril, até o protocolo e acompanhamento do processo no SIPEAGRO.

Nosso objetivo é garantir que o seu produto atenda plenamente às exigências legais e possa ser comercializado com segurança e credibilidade no mercado nacional.

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Implementando o sistema APPCC: por onde começar

O APPCC (Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle), conhecido internacionalmente como HACCP (Hazard Analysis and Critical Control Points) é um dos pilares da segurança de alimentos. Ele ajuda as indústrias a identificar, avaliar e controlar perigos que podem comprometer a qualidade e a inocuidade dos produtos.

Mais do que uma exigência legal, o APPCC é uma ferramenta de gestão que garante confiança ao consumidor e abre portas para novos mercados, inclusive exportações.

O que é o sistema APPCC?

O APPCC é um sistema preventivo que busca evitar a ocorrência de contaminações físicas, químicas ou biológicas durante o processo produtivo. Diferente de métodos corretivos (que agem após o problema), o APPCC atua de forma proativa, identificando riscos e estabelecendo controles antes que eles aconteçam.

Ele é reconhecido por órgãos como a ANVISA, o MAPA e organizações internacionais, sendo parte essencial de certificações como ISO 22000 e FSSC 22000.

Por que implementar o APPCC?

Implementar o APPCC traz benefícios diretos para a indústria de alimentos, bebidas e agroindústrias em geral:

  • Redução de perdas e retrabalhos por contaminação ou falhas de processo

  • Maior confiança do mercado e credibilidade junto a clientes e órgãos fiscalizadores

  • Facilidade em auditorias e certificações de qualidade e segurança de alimentos

  • Atendimento à legislação vigente, que exige programas de autocontrole e sistemas de segurança estruturados

Em resumo, o APPCC é uma base sólida para quem busca competitividade e conformidade regulatória.

Os 7 princípios do APPCC

O sistema APPCC é estruturado em sete princípios fundamentais, que orientam todas as etapas da sua implementação:

  • Análise de perigos
    Identificar possíveis perigos biológicos (bactérias, fungos, vírus), químicos (resíduos de produtos de limpeza, pesticidas) e físicos (fragmentos de vidro, metal, plástico) em cada etapa do processo.

  • Determinação dos Pontos Críticos de Controle (PCCs)
    Identificar os pontos onde é possível controlar o risco, por exemplo: temperatura de cozimento, tempo de pasteurização, ou peneiramento final.

  • Estabelecimento de limites críticos
    Definir valores que garantam a segurança do produto (ex.: temperatura mínima de 75 °C para garantir destruição de microrganismos patogênicos).

  • Monitoramento dos PCCs
    Criar um plano de acompanhamento e registros, garantindo que os limites críticos estão sendo respeitados.

  • Ações corretivas
    Definir o que fazer se um limite crítico for ultrapassado, por exemplo, reprocessar o lote, ajustar equipamentos, ou descartar produtos.

  • Procedimentos de verificação
    Avaliar se o sistema está funcionando conforme o planejado, por meio de auditorias internas, calibração de instrumentos, ou análises laboratoriais.

  • Registros e documentação
    Manter todos os registros das etapas anteriores, servindo como evidência da implementação e da eficácia do sistema.

Por onde começar a implementação do APPCC

A implantação de um sistema APPCC eficiente exige planejamento e envolvimento de toda a equipe. Veja o passo a passo:

1. Forme uma equipe multidisciplinar

Monte um grupo responsável pelo desenvolvimento e aplicação do sistema, incluindo profissionais da qualidade, produção, manutenção e gestão. Cada membro deve compreender seu papel no controle dos riscos.

2. Descreva o produto e sua utilização

Detalhe o produto, matérias-primas, processo, forma de consumo (cozido, pronto para o consumo, refrigerado etc.) e público-alvo. Isso ajuda a entender quais perigos são relevantes.

3. Elabore o fluxograma de processo

Desenhe todas as etapas, desde o recebimento da matéria-prima até o produto final. Esse fluxograma será essencial para a análise de perigos e definição dos PCCs.

4. Valide o fluxograma no local

Confirme se o fluxograma representa fielmente a prática da fábrica. Muitas falhas acontecem quando o diagrama não reflete a realidade da produção.

5. Aplique os 7 princípios do APPCC

A partir do fluxograma validado, siga os sete princípios descritos acima, documentando cada etapa e criando formulários de registro.

6. Treine os colaboradores

Todos os envolvidos devem entender o que é o APPCC, por que ele é importante e como devem atuar no controle dos PCCs. A conscientização é essencial para o sucesso do sistema.

7. Monitore, verifique e melhore

O APPCC é um sistema vivo e deve ser revisto sempre que houver alterações no processo, matérias-primas ou produtos. Auditorias internas e revisões periódicas garantem sua eficácia contínua.

Dicas práticas para uma implementação eficiente

  • Comece simples: implemente em uma linha de produção e expanda gradualmente.

  • Mantenha a documentação organizada: facilita auditorias e inspeções.

  • Invista em capacitação: conhecimento técnico é o maior aliado da prevenção.

  • Integre-se com outros programas de qualidade: BPF, POPs e PACs formam a base do APPCC.

Como a Lignum Consultoria pode ajudar

Com mais de 15 anos de experiência no setor de alimentos e agroindústria, a Lignum Consultoria e Engenharia auxilia empresas em todas as etapas da implantação do sistema APPCC, desde o diagnóstico inicial até o treinamento da equipe e adequação às exigências da ANVISA e do MAPA.

Nosso time de especialistas elabora soluções personalizadas para que sua empresa garanta segurança, eficiência e conformidade regulatória.

Entre em contato e descubra como implantar o APPCC de forma prática e eficiente na sua indústria.

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Controle de pragas, água e higiene: erros comuns que levam à reprovação em auditorias

No setor de alimentos e bebidas, as auditorias sanitárias são fundamentais para avaliar se a indústria cumpre os requisitos das legislações brasileiras. Entre os pontos mais críticos, três aparecem constantemente como causa de não conformidades: controle de pragas, qualidade da água e higiene.

Falhas nessas áreas comprometem não apenas a aprovação em auditorias do MAPA e da Vigilância Sanitária, mas também a segurança dos alimentos e a credibilidade da marca.

A seguir, destacamos os erros mais comuns e como evitá-los.

1. Controle de pragas: armadilhas mal posicionadas e registros incompletos

O Programa de Controle de Pragas é obrigatório em qualquer indústria de alimentos. Os erros mais frequentes incluem:

  • Instalar armadilhas apenas em alguns pontos, deixando áreas descobertas.

  • Não substituir iscas na frequência adequada ou esquecer de registrar as trocas.

  • Falta de barreiras físicas (vedações em portas, telas em janelas e ralos protegidos).

  • Acúmulo de resíduos próximos à produção, atraindo insetos e roedores.

Como evitar: Garanta um controle sistemático e documentado. Todos os relatórios de inspeção, trocas e monitoramento devem estar organizados e disponíveis para auditorias.

2. Água: ausência de análises periódicas

A água utilizada no processo produtivo precisa ser potável e atender aos padrões legais de qualidade. Os erros mais comuns são:

  • Deixar de realizar análises periódicas (físico-químicas e microbiológicas).

  • Usar caixas d’água sem tampas adequadas ou sem higienização regular.

  • Utilizar poços ou cisternas sem laudos técnicos que atestem a potabilidade.

Como evitar: Tenha um plano de monitoramento da água, definindo frequência das análises e arquivando todos os laudos. Essa prática demonstra controle e seriedade perante os auditores.

3. Higiene: falhas em POPs e treinamentos

A higiene, tanto estrutural quanto operacional, é um dos pontos mais sensíveis em auditorias de BPF. Alguns erros recorrentes são:

  • Falta de POPs (Procedimentos Operacionais Padrão) para higienização de equipamentos e superfícies.

  • Uso de produtos de limpeza sem especificação ou fora da concentração correta.

  • Lavatórios insuficientes ou distantes das áreas de manipulação.

  • Funcionários sem treinamento adequado em higiene pessoal e uso incorreto de EPIs.

Como evitar: Estruture um Programa de Higienização com etapas claras, responsáveis definidos, frequência e registros. Realize treinamentos periódicos para manter a equipe alinhada às exigências das auditorias.

4. Impacto da reprovação em auditorias

A reprovação em uma auditoria sanitária pode gerar consequências sérias: desde advertências e multas até a interdição parcial ou total da produção. Muitas vezes, os problemas não são estruturais, mas sim detalhes simples que poderiam ser corrigidos com monitoramento contínuo.

Garantir um bom desempenho em auditorias exige atenção constante a três pilares: controle de pragas, qualidade da água e higiene. Esses pontos devem ser tratados como parte estratégica da gestão da qualidade, e não apenas como exigência burocrática.

Empresas que mantêm programas bem estruturados reduzem riscos, passam por auditorias com tranquilidade e fortalecem sua imagem de confiança no mercado de alimentos.


Se a sua indústria precisa de apoio para implementar ou revisar programas de Boas Práticas de Fabricação, Programas de Autocontrole e auditorias internas, a Lignum Consultoria está pronta para ajudar com soluções personalizadas e alinhadas às exigências do MAPA e da Vigilância Sanitária.

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Passo a passo para levar seu alimento artesanal ao supermercado

O que muda na escala de produção e quais exigências legais você precisa cumprir

Levar um produto artesanal para as prateleiras de supermercados é um grande passo de crescimento e traz novas oportunidades de vendas e visibilidade. Mas também muda tudo: volume de produção, controle de qualidade, embalagem, logística e, especialmente, exigências regulatórias. Abaixo está um guia prático, passo a passo, para você entender o que precisa ser feito para escalar com segurança e vender em canais formais.

1. Planejamento inicial: avalie capacidade e demanda

Antes de fechar acordo com um ponto de venda, faça um diagnóstico realista:

  • Capacidade produtiva atual: quantos litros/peças/unidades você produz por dia/semana?

  • Demanda esperada: qual o volume mínimo solicitado pelo supermercado (pedidos semanais, quinzenais)?

  • Margem e preço: calcule custo de produção, embalagem, logística e a margem necessária para negociar com o varejo.

  • Lead time: quanto tempo você demora para produzir e repor? Supermercados exigem prazos curtos e constância.

Ação prática: faça uma planilha simples com capacidade atual vs. demanda prevista e identifique gaps (equipamentos, mão de obra, fornecedores).

2. Adequação produtiva: equipamentos, layout e pessoal

Ao aumentar o volume, erros de processo se amplificam. Estruture a produção para qualidade e repetibilidade:

  • Equipamentos: verifique se as máquinas suportam volume maior; inclua equipamentos para higiene (lavagem, sanitização), controle de temperatura (câmara fria, pasteurização) e envase/embalagem em escala.

  • Layout e fluxo: evite cruzamento entre áreas “suja” e “limpa”; organize fluxo de matéria-prima → processamento → embalagem. Um bom layout reduz riscos de contaminação.

  • Pessoal: treine operadores nas boas práticas, higiene e registros. Considere contratar alguém para qualidade/controle.

  • Manutenção preventiva: implemente um plano de manutenção para evitar paradas inesperadas.

Ação prática: desenhe (mesmo que à mão) o layout atual e o ideal; liste equipamentos prioritários.

3. Controle de qualidade e gestão documental

Com aumento de escala, o controle documentado é imprescindível:

  • Boas Práticas de Fabricação (BPF) e Programas de Autocontrole (PAC): documente procedimentos de limpeza, armazenamento, rastreabilidade, controle de pragas, água, manutenção e higiene operacional.

  • Registro de lotes e rastreabilidade: adote um sistema simples de códigos de lote e registros de produção (data, operador, processo, observações).

  • Análises laboratoriais: estabeleça parcerias com laboratórios para análises microbiológicas, físico-químicas e de resíduos quando aplicável.

  • Controle de validade e shelf life: realize testes ou valide o prazo de validade para prateleira e transporte.

Ação prática: comece um “caderno de produção” (físico ou digital) e registre cada lote; rastreie problemas e ações corretivas.

4. Embalagem e rotulagem: requisitos que não podem faltar

Supermercados e órgãos fiscalizadores exigem informação clara e padrão:

  • Rotulagem obrigatória: lista de ingredientes por ordem decrescente, peso líquido, dados do fabricante (razão social, CNPJ, endereço), lote, data de fabricação e validade, condições de conservação, instruções de uso, e informações nutricionais quando aplicável.

  • Claims e alegações: se mencionar “natural”, “artesanal”, “sem conservantes” ou “orgânico”, certifique-se de que há respaldo técnico/documental.

  • Código de barras (EAN/GTIN): necessário para venda em redes que utilizam automação de caixa.

  • Embalagem adequada: resistente ao transporte, que proteja o produto (barreiras, selagem, proteção contra umidade) e atenda exigências de higiene.

Ação prática: contrate um designer/embalador que conheça regulamentação; peça provas físicas antes da impressão em grande tiragem.

5. Exigências legais: registros e autorizações

Dependendo do tipo de produto, órgãos e normas variam. Os principais pontos:

  • Registro/Alvará do estabelecimento: muitas operações precisarão de registro no órgão competente (MAPA para produtos de origem animal, fiscalizações municipais/ANVISA para outros alimentos). Verifique a exigência específica ao seu produto.

  • Registro de produto (quando aplicável): alguns fertilizantes, corretivos e produtos de origem animal exigem registro de produto. Para alimentos processados, atente-se às normas de rotulagem e notificações.

  • Vigilância Sanitária municipal/estadual: licença e inspeção sanitária do estabelecimento.

  • Licenças ambientais: dependendo do processo, pode ser exigida licença ambiental ou controle de resíduos.

  • Nota fiscal eletrônica: obrigatória para operações com o varejo; regularize tributação, inscrição estadual e emissão de NF-e.

  • Seguro e responsabilidade: considere seguro de responsabilidade civil e seguro de transporte para cargas.

Ação prática: faça um checklist de documentos obrigatórios para seu produto (ex.: alvará, registro no MAPA, vigilância sanitária, laudos de água) e marque o status.

6. Logística e distribuição

Entregar ao varejo exige organização de transporte, prazos e condições:

  • Condições de transporte: para produtos sensíveis (queijos, congelados) é essencial manter a cadeia de frio; use transportadoras especializadas.

  • Frequência de entrega e logística reversa: negocie dias fixos e políticas de devolução/retorno de mercadorias.

  • Volumes mínimos e estoque de segurança: calcule estoque para atender pedidos sem faltar.

  • Embalagem secundária: caixas, paletes e proteção para transporte e exposição.

Ação prática: faça simulações de frete e custo por caixa para a rota até o supermercado.

7. Negociação com o supermercado e contratos

Além da entrega, negocie condições comerciais:

  • Termos de fornecimento: preço, prazo de pagamento, prazo de entrega, volumes, penalidades por atraso.

  • Condições de exposição: espaço na gôndola, planograma, promoções e devoluções.

  • Condições de qualidade e auditoria: supermercados podem exigir certificações ou auditorias periódicas.

Ação prática: prepare uma proposta comercial clara (ficha técnica do produto, preço, volume mínimo, prazo de entrega) e documentação de conformidade.

8. Planejamento financeiro: custos e precificação

Avalie impacto financeiro da escala:

  • Investimentos iniciais: equipamentos, reforma de instalações, embalagens e rotulagem, softwares, treinamentos.

  • Custos operacionais recorrentes: matéria-prima, mão de obra, energia, manutenção, transporte.

  • Precificação real: inclua custos variáveis e fixos, margem de lucro e condições comerciais do varejo (descontos, prazos de pagamento).

  • Fluxo de caixa: supermercados geralmente pagam com prazo (30, 45 ou 60 dias); prepare capital de giro.

Ação prática: monte uma projeção de 6 meses com cenários (conservador, esperado, otimista).

9. Comunicação e marca: posicionamento para o varejo

Para ganhar destaque e vender em supermercados:

  • Ficha técnica do produto: ingredientes, processo, características sensoriais, garantia de qualidade.

  • Material de PDV: degustação, display e materiais informativos.

  • Rastreabilidade e transparência: conte a história do produto, origem dos ingredientes e processos artesanais — mas sempre com veracidade e respaldo técnico.

Ação prática: crie um kit comercial com amostras, ficha técnica e documentação de conformidade.

10. Cronograma simplificado (exemplo)

Um fluxo sugerido para levar à prateleira:

  • Avaliação de capacidade e planejamento (1–2 semanas)

  • Adequações de processo e investimento (1–3 meses)

  • Elaboração de BPF/PAC e implementação de controle de qualidade (1–2 meses paralelos)

  • Testes de shelf life e rotulagem (2–4 semanas)

  • Regularizações e licenças (variável: 1–6 meses conforme produto/órgão)

  • Negociação com supermercado e primeiros pedidos (1–4 semanas)

Checklist prático (resumido)

Antes de vender ao supermercado, verifique:

  • Capacidade de produção para o volume solicitado

  • Layout e fluxo produtivo adequados

  • BPF e PAC documentados e implementados

  • Registro/alvará do estabelecimento (MAPA/ANVISA/vigilância)

  • Rotulagem conforme legislação (ingredientes, lote, validade, fabricante)

  • Código de barras (EAN/GTIN)

  • Sistema de rastreabilidade por lote

  • Transportadora e logística definida (cadeia de frio, se necessário)

  • Proposta comercial e contrato de fornecimento

  • Fluxo de caixa/capital de giro para prazos do varejo

FAQ rápido

Preciso de registro no MAPA para todos os alimentos?
Depende do tipo de produto. Produtos de origem animal geralmente demandam registro no MAPA; outros produtos podem ser regulamentados pela vigilância sanitária municipal/ANVISA. Consulte a classificação do seu produto.

Quanto tempo leva para regularizar?
Varia muito: desde algumas semanas (casos simples) até vários meses (registro de produto). Planeje com margem.

Posso vender sem registro em mercados locais?
Em muitos casos há aceitação em feiras e vendas diretas, mas para vendas em supermercados e em maior escala, a regularização é exigida.

Próximo passo (call to action)

Se você quer levar seu produto para o supermercado sem surpresas, comece com uma Análise de Viabilidade Regulatória. Nesta avaliação, nossa equipe analisa sua produção, documentação e sugere o plano prático para adequação e registro.

Agende sua Análise de Viabilidade Regulatória gratuita: [inserir link para agendamento]



Lignum Consultoria e Engenharia trabalha auxiliando na regularização de estabelecimentos e produtos.

 

Entre em contato conosco!


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Regularização de Fertilizantes: Como Adequar Produtos, Estabelecimentos e Importações ao MAPA

A indústria de fertilizantes é um dos pilares do agronegócio brasileiro, responsável por sustentar a produtividade no campo. Mas, para atuar nesse mercado, é indispensável estar regularizado junto ao Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA).

Seja na produção, no comércio, ou na importação, a ausência de registros pode resultar em multas, apreensão de produtos e até impedimento de atuação no mercado. Por isso, entender como funciona a regularização é o primeiro passo para garantir competitividade e segurança para o seu negócio.

O que significa regularizar fertilizantes no MAPA?

A regularização envolve duas etapas principais:

  • Registro do estabelecimento: obrigatório para empresas que fabricam, fracionam, importam ou comercializam fertilizantes.

  • Registro dos produtos: cada fertilizante precisa ser avaliado e aprovado pelo MAPA antes de ser colocado no mercado.

Esses registros asseguram que os fertilizantes atendem às normas de qualidade e segurança estabelecidas pela legislação brasileira.

Regularização de estabelecimentos

Toda empresa que atua no setor deve ter um registro ativo no MAPA. Isso inclui:

  • Fábricas de fertilizantes;

  • Misturadores e formuladores;

  • Importadores e distribuidores.

O registro comprova que a empresa possui infraestrutura adequada, processos documentados e profissionais responsáveis para garantir a qualidade dos insumos.

Registro de fertilizantes

Cada produto precisa de aprovação técnica antes de ser comercializado. O processo envolve:

  • Dossiê técnico com formulação e composição;

  • Laudos laboratoriais;

  • Indicação de uso e recomendações agronômicas;

  • Atendimento às normas do MAPA para rotulagem e qualidade.

Sem esse registro, o produto não pode ser vendido no Brasil.

Importação de fertilizantes: cuidados essenciais

Empresas que pretendem importar fertilizantes também precisam estar atentas:

  • O importador deve possuir registro de estabelecimento no MAPA;

  • O produto importado deve ter registro válido no Brasil;

  • É necessário cumprir exigências de certificação, inspeção e liberação de carga.

Erros comuns, como tentar importar sem registro prévio, podem gerar retenções alfandegárias e prejuízos financeiros significativos.

Principais erros cometidos pelas empresas

  • Não registrar o estabelecimento antes de iniciar as operações;

  • Tentar comercializar produtos sem registro;

  • Ignorar exigências de rotulagem e documentação;

  • Falta de planejamento para importações.

Esses deslizes podem resultar em atrasos, perda de credibilidade no mercado e até sanções legais.

Benefícios de estar regularizado

  • Segurança jurídica para atuar no setor;

  • Maior confiança dos clientes e parceiros;

  • Acesso ampliado ao mercado, incluindo importações e exportações;

  • Crescimento sustentável, sem riscos de interrupções.

Precisa regularizar seus fertilizantes ou importações?

Se a sua empresa atua ou pretende atuar no setor de fertilizantes, o primeiro passo é garantir que produtos e estabelecimentos estejam devidamente registrados no MAPA.

Para ajudar nesse processo, oferecemos uma Análise de Viabilidade Regulatória gratuita.

Nesta avaliação inicial, verificamos a situação da sua empresa e apontamos os melhores caminhos para regularizar produtos, estabelecimentos ou processos de importação.


Leia Também: A importância dos fertilizantes na agricultura brasileira e os desafios da importação e exportação.

 Lignum Consultoria e Engenharia trabalha auxiliando no Processo de Regularização de Fertilizantes.

Entre em contato conosco!

 

 

Fonte:

·         Ministério da Agricultura e Pecuária


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Programas de Autocontrole (PAC) para Queijarias: Guia Prático para Regularização e Inspeção do MAPA

Clique aqui para acessar o material diretamente na nossa página da Hotmart

Você sabia que, para uma queijaria artesanal ou industrial ser aprovada pelo MAPA (Ministério da Agricultura e Pecuária), é obrigatório apresentar Programas de Autocontrole (PAC) bem estruturados?

Esses programas são ferramentas essenciais para garantir que o queijo chegue ao consumidor com qualidade, segurança e dentro das normas legais. Porém, para muitos produtores, montar os PACs é um desafio, pois envolve linguagem técnica, exigências específicas e risco de erros que podem atrasar a regularização.

Neste artigo, vamos explicar quais são os principais PACs exigidos para queijarias, como elaborá-los de forma prática e por que usar modelos prontos em PDF pode ser a solução para economizar tempo e evitar problemas.

O que são os Programas de Autocontrole (PAC) e por que são exigidos em queijarias?

Os PACs são documentos técnicos exigidos pelo RIISPOA e por instruções normativas do MAPA. Eles detalham os controles e procedimentos que a empresa adota para:

  • garantir a segurança dos alimentos,

  • manter a higiene da produção,

  • e atender às exigências legais de inspeção.

Em outras palavras, sem PAC, não há aprovação do estabelecimento.

Principais PACs exigidos para queijarias

Entre os documentos que uma queijaria precisa elaborar, destacam-se:

  • Manutenção de instalações e equipamentos industriais: define como a queijaria mantém máquinas e estruturas em boas condições, evitando riscos de contaminação.

  • Controle de água de abastecimento: assegura que a água usada na produção e higienização seja potável e atenda padrões de qualidade.

  • Controle integrado de pragas: descreve medidas de prevenção e monitoramento para manter o ambiente livre de insetos e roedores.

  • Higiene operacional e industrial: estabelece rotinas de limpeza, higienização e boas práticas para garantir a segurança do queijo produzido.

Esses são apenas alguns exemplos, mas a lista pode variar conforme o porte da empresa e o tipo de produto fabricado.

Como elaborar os PACs de forma prática (mesmo sem experiência)

Um dos grandes obstáculos para os produtores é transformar toda a legislação e requisitos técnicos em documentos claros e aceitos pelo MAPA.

Para tornar esse processo mais acessível, agora já está disponível o material em PDF com modelos prontos de PAC para queijarias, que serve como guia para montar os programas de forma correta, sem perder tempo com erros ou documentos incompletos.

Vantagens de usar modelos prontos de PAC

Ao utilizar materiais estruturados por especialistas, o produtor consegue:

  • Evitar retrabalho e atrasos no processo de regularização.

  • Reduzir custos com consultorias em fases iniciais.

  • Ganhar agilidade na preparação dos documentos.

  • Ter mais confiança durante auditorias e fiscalizações.

  • Entregar os documentos certos, do jeito certo.

Acesse os modelos em PDF para queijarias

Na Lignum Consultoria, já disponibilizamos modelos práticos de PAC para queijarias em PDF, incluindo roteiros, checklists e orientações técnicas.

Clique aqui para acessar o material diretamente na nossa página da Hotmart

Além disso, você pode também baixar nosso eBook gratuito no site, que traz uma visão geral sobre a regularização de agroindústrias e os primeiros passos para estruturar a documentação obrigatória.

Perguntas frequentes sobre PAC em queijarias

O que é PAC em uma queijaria?
São programas de autocontrole que documentam as práticas de higiene, manutenção e segurança alimentar exigidas pelo MAPA.

Quais PACs são exigidos pelo MAPA?
Entre os principais estão os de manutenção das instalações, controle da água, controle de pragas e higiene operacional.

Como elaborar PAC sem contratar consultoria completa?
Utilizando os modelos prontos em PDF da Lignum, que facilitam a adaptação da legislação para a realidade da sua queijaria.


Os Programas de Autocontrole para queijarias são obrigatórios para a regularização junto ao MAPA, mas não precisam ser um obstáculo. Com os modelos prontos da Lignum, você consegue elaborar seus PACs com mais segurança, rapidez e economia.