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Controle de pragas, água e higiene: erros comuns que levam à reprovação em auditorias

No setor de alimentos e bebidas, as auditorias sanitárias são fundamentais para avaliar se a indústria cumpre os requisitos das legislações brasileiras. Entre os pontos mais críticos, três aparecem constantemente como causa de não conformidades: controle de pragas, qualidade da água e higiene.

Falhas nessas áreas comprometem não apenas a aprovação em auditorias do MAPA e da Vigilância Sanitária, mas também a segurança dos alimentos e a credibilidade da marca.

A seguir, destacamos os erros mais comuns e como evitá-los.

1. Controle de pragas: armadilhas mal posicionadas e registros incompletos

O Programa de Controle de Pragas é obrigatório em qualquer indústria de alimentos. Os erros mais frequentes incluem:

  • Instalar armadilhas apenas em alguns pontos, deixando áreas descobertas.

  • Não substituir iscas na frequência adequada ou esquecer de registrar as trocas.

  • Falta de barreiras físicas (vedações em portas, telas em janelas e ralos protegidos).

  • Acúmulo de resíduos próximos à produção, atraindo insetos e roedores.

Como evitar: Garanta um controle sistemático e documentado. Todos os relatórios de inspeção, trocas e monitoramento devem estar organizados e disponíveis para auditorias.

2. Água: ausência de análises periódicas

A água utilizada no processo produtivo precisa ser potável e atender aos padrões legais de qualidade. Os erros mais comuns são:

  • Deixar de realizar análises periódicas (físico-químicas e microbiológicas).

  • Usar caixas d’água sem tampas adequadas ou sem higienização regular.

  • Utilizar poços ou cisternas sem laudos técnicos que atestem a potabilidade.

Como evitar: Tenha um plano de monitoramento da água, definindo frequência das análises e arquivando todos os laudos. Essa prática demonstra controle e seriedade perante os auditores.

3. Higiene: falhas em POPs e treinamentos

A higiene, tanto estrutural quanto operacional, é um dos pontos mais sensíveis em auditorias de BPF. Alguns erros recorrentes são:

  • Falta de POPs (Procedimentos Operacionais Padrão) para higienização de equipamentos e superfícies.

  • Uso de produtos de limpeza sem especificação ou fora da concentração correta.

  • Lavatórios insuficientes ou distantes das áreas de manipulação.

  • Funcionários sem treinamento adequado em higiene pessoal e uso incorreto de EPIs.

Como evitar: Estruture um Programa de Higienização com etapas claras, responsáveis definidos, frequência e registros. Realize treinamentos periódicos para manter a equipe alinhada às exigências das auditorias.

4. Impacto da reprovação em auditorias

A reprovação em uma auditoria sanitária pode gerar consequências sérias: desde advertências e multas até a interdição parcial ou total da produção. Muitas vezes, os problemas não são estruturais, mas sim detalhes simples que poderiam ser corrigidos com monitoramento contínuo.

Garantir um bom desempenho em auditorias exige atenção constante a três pilares: controle de pragas, qualidade da água e higiene. Esses pontos devem ser tratados como parte estratégica da gestão da qualidade, e não apenas como exigência burocrática.

Empresas que mantêm programas bem estruturados reduzem riscos, passam por auditorias com tranquilidade e fortalecem sua imagem de confiança no mercado de alimentos.


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